Uma esperança a quem está preso nos vícios
Como lutar contra esse mal?
As caravanas tiveram início em março, no Pará. Já passou por quase todo o nordeste, e até o final de maio passará em mais cinco estados. Na última caravana, realizada no Ceará, um público de mais de 7 mil pessoas esteve presente. O bispo Formigoni realizou uma oração em favor de todos aqueles que estavam aprisionados nas drogas, álcool, jogos de azar, entre outros problemas.
Apesar de a reunião ser voltada para os viciados, quase 90% das pessoas que participam delas buscam ajuda espiritual pelo familiar que sofre com a dependência. “Muitos afirmam que não há cura para o vício. Nós afirmamos que sim, porque o vício é um mal espiritual. Nós vamos à raiz do mal e a arrancamos”, afirma o bispo.
Pessoas de diversas classes sociais chegam à reunião com suas vidas destruídas pelos vícios. Ele relata que muitas delas, por serem formadas ou ter um nível social maior, não gostam de se expor e dar o seu depoimento de cura. Nas reuniões há muitas pessoas com elevado nível de escolaridade sofrendo com a dependência alcoólica ou em drogas ilícitas. “Pessoas com 40 anos e que, por causa disso, não construíram nada na vida. Elas sonharam, planejaram um futuro brilhante, mas os vícios consumiram tudo”, explica.
“Em Natal, onde tivemos um público de 5 mil pessoas, um caso nos chamou muito atenção. Uma mulher nos procurou desesperada porque o crack havia acabado com a vida dela e da família. Todas as noites ela deixava o marido em casa sozinho para ir atrás da droga. Já tinha gastado de uma só vez R$ 300 com a pedra. E no final de semana que antecedeu a caravana, ela tinha trocado a aliança avaliada em mil reais por R$ 20 para comprar quatro pedras de crack."
Quando se fala em vício, logo vem à mente drogas ilícitas ou não. Mas, na verdade, vício é um hábito repetitivo que traz algum prejuízo ao dependente e aos que com ele convivem.
“Temos casos de pessoas compulsivas por compras. Quando recebem o salário, têm uma necessidade descontrolada de ir ao shopping comprar, e o pior, não usam nada do que compram. São acumuladores compulsivos. Outro caso que estamos acompanhando é de um rapaz que foi preso 12 vezes porque tem o vício em roubar. Ele acabou de completar 18 anos e não sabia o que fazer – porque, agora, se cometesse outro roubo, seria preso e não mais amparado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele não era viciado em drogas, mas roubava para sustentar o vicio em roubar. Ele não podia ver uma moto que queria roubar. Desesperado, há algumas semanas, saiu do Paraná para vir a São Paulo participar das reuniões de cura contra os vícios”, destacou na reunião.
O bispo ressaltou ainda que as reuniões são para as pessoas que sofrem com os vícios e para aquelas que têm um familiar envolvido neles. Mas também serve como prevenção. “Algumas pesquisas mostraram que muitos pais só ficam sabendo que os filhos estão nas drogas dois anos após entrarem nisso. Ou seja, nesse momento existem pais que têm seus filhos experimentando drogas e não fazem ideia dessa situação. Então, pelo sim e pelo não, participar da reunião é uma atitude inteligente de prevenção”, reforça.
Fonte: Universal
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